Estônia – Tallinn

Se você deseja fugir do circuito comercial do turismo na Europa, a Estônia é um ótimo destino.

Tallinn tem apenas 500.000 habitantes. Os turistas a procuram por causa da Cidade Medieval.

A cidade como um todo é plana, mas na parte medieval ela se divide em alta (Toompea) e baixa (All-Linn).

A história da Estônia é marcada por invasões finlandesas, alemãs, suecas, dinamarquesas, russase soviéticas. De tão forte e espessas as construções, a cidade medieval está ali, em pé, e hoje muito bem preservada, felizmente.

Além do estoniano, 55% do povo fala o russo também.

Os castelos (de Toomple), as muralhas de proteção da cidade e, é claro, a Igreja Ortodoxa são os pontos mais atraentes da Cidade Medieval.

Hoje essas construções abrigam ateliês, bares, restaurantes, museus, lojas de souvenir etc.

A cidade tem uma espécie de portal que dá uma bela foto (Vírus Gate).

Pela Rua Viru, a pé, você encontra a praça Raekoja Plats onde um café ou um chopp artesanal com leve sabor de pêssego fazem um convite a viajar no passado e observar os transeuntes do mundo todo.

Algumas carroças vendem um gostoso amendoim recheado com açúcar, canela e pimenta. Os vendedores vestem trajes medievais. Sem problemas em pedir para bater um foto!

A inquisição não foi esquecida. Há museus que mostram as ferramentas utilizadas na tortura dos hereges. O assédio simpático para que você entre no museu é feito por garotos e garotas encapuzados.

Se o inverno é rigoroso, o verão é compensado com boa temperatura, muitas bonitas flores e com muitas loiras bonitas.

Para chegar até a Catedral Ortodoxa Alexandre Nevsky que tal arrumar a pontaria. Em 10 tentativas, 80 pontos tem o dinheiro de volta.

Para chegar a um dos mirantes, não deixe de comprar uma moeda que dois medievais cunham na hora. Bem legal.

À “noite” (só fica escuro de 3h as 6h da manhã) a cidade medieval dá lugar aos turistas, prostitutas e boites.

Bom, se você gosta de conhecer os lugares não turísticos como eu, a melhor forma é pegar um ônibus público, uma bicicleta ou, no caso de Tallinn, um Tramm.

Pega o primeiro que aparecer e vá até o fim da Linha. Desça. Volte caminhando até cansar!

Eu fui para Noroeste de Tallinn. Em 15 min desembarquei em Kopli. Como eu estava uniformizado com agasalho verde-amarelo, acabei chamando atenção do funcionário do Tramm. Um senhor muito simpático cuja função dele é a de ajudar pessoas idosas, grávidas, pessoas com necessidades especiais ou turistas. Incrível, não! Ele não tem a função de conferir se você registrou o ticket no Tramm. Esse papel é da Polícia de Tráfego!

Com meu péssimo Inglês, ainda assim, conseguimos nos comunicar. No bairro, ele me apresentou a Igreja mais antiga de Tallinn.

As moradias comum contruídas nos tempos de URSS. Um centro comunitário que oferece gratuitamente todas as terças, quintas e sábados, às 13h, sopa e pão. As pessoas podem comer no local ou levar para casa. E ele fala com um quê de orgulho que não é apenas para quem não tem emprego.

Nesse mesmo bairro, nem tão periférico assim, chama a atenção a embriaguez de algumas pessoas. Com suas garrafas de vodka, sozinhas ou acompanhadas, elas bebiam na escada de fronte da porta de uma casa fechada como se fossem delas.

A praia no bairro de Kopli não são propriamente um lugar agradável para se banhar. A areia parece uma lama. Mas, para quem passa um inverno com -20ºC, é um ótimo programa.

No bairro Nõmme, pela Rua Vabaduse Puiestee, você verá um bairro predominantemente residencial com arquitetura própria das regiões frias. Os terrenos são grandes, as casas também. São feitas em madeira e o teto, geralmente de duas quedas são bastante angulares. No pátio, sempre há grandes estoques de lenha. Certamente, para o próximo inverno.

O bom de Tallinn, para quem é brasileiro, é que você pode andar com uma máquina de fotografia no peito tranquilamente, em qualquer bairro, a qualquer hora!

As ruas e calçadas de Tallinn são muito limpas. Muito de vez em quando se vê um toco de cigarro no chão. Não há bares com som alto perturbando os outros comerciantes, muito menos carros com som automotivo. As placas dos estabelecimentos comerciais são discretas, às vezes, nem tem, mesmo funcionando ali uma loja de departamento!

Durante a Copa do Mundo de 2010, os nativos e os turistas se misturavam numa grande praça no centro para assistir aos jogos num grande telão!

Um expoente de orgulho para Tallinn é o enxadrista Paul Keres, que recebeu em jul/2010, os Jogos Mundiais de Xadrez. Paul Keres também está na cédula de 5 Coroas Estonianas e o clube da cidade leva o seu nome. Nesta foto, a equipe da França.

A Estônia, a partir de 1º de janeiro de 2011, passou a ser o 17º menbro da zona do Euro. Sendo o país mais pobre desse grupo, a Estônia de ter um crescimento de 4,2% no PIB.